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A Nossa Missão
A SPEA é uma ONG de ambiente sem fins lucrativos, que tem por missão trabalhar para o estudo e a conservação das aves e seus habitats, promovendo um desenvolvimento que garanta a viabilidade do património natural para usufruto das gerações futuras.
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Habitats



O presente projeto incide essencialmente no habitat do Priolo, a Floresta Laurissilva dos Açores.

Porém no SIC Serra da Tronqueira/ Planalto dos Graminhais, podemos encontrar outros habitats prioritários tais como as turfeiras. Os três principais habitats que aí se encontram são a floresta Laurissilva Macaronésica, as Charnecas Macaronésicas Endémicas e as Turfeiras de altitude. No interior da floresta Laurissilva podem ser ainda ser encontradas pequenas bolsas de Florestas Macaronésicas de Cedro-do-mato (Juniperus spp.) que, devido à procura da sua madeira no passado, foram quase totalmente exterminadas, podendo somente ser encontradas em algumas zonas mais elevadas e expostas aos ventos. Podem igualmente ser encontradas intercaladas com outros habitats, pequenas parcelas de Prados Mesófilos Macaronésicos. Não foi possível quantificar a área ocupada por estes dois últimos habitats devido às suas pequenas dimensões e dispersão pelo terreno.

Habitats do Anexo I da Directiva Habitats directamente visados pelo Projeto

Cod.NomeZPE
4050Charnecas Macaronésicas Endémicas *8,3
6180Prados Mesófilos Macaronésicos**
7110Turfeiras Altas Activas *0,8
7120Turfeiras Altas Degradadas ainda susceptíveis de regeneração natural0,1
91D0Turfeiras Arborizadas *0,1
9360Laurissilvas Macaronésicas *19,1
9560Florestas Macaronésicas de Juniperus spp ***


* Habitats Prioritários
** Os trabalhos desenvolvidos até ao momento não permitiram quantificar este habitat

NOTA: Habitats prioritários são aqueles designados pela Directiva Habitats (Directiva 92/43/CEE do Conselho, de 21 de Maio de 1992, relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens) e recolhidos no seu anexo I, como habitats representativos da União Europeia em claro risco de desaparecimento.



Florestas Laurissilvas Macaronésicas
As “Florestas Laurissilvas Macaronésicas” húmidas a hiper-húmidas da zona de nuvens, dependentes de um grau de humidade atmosférica igual ou superior a 80%. Estas florestas de laurifólias são características da cintura de nuvens das ilhas Macaronésicas, e extremamente biodiversas em termos de fauna e flora, incluindo espécies cuja distribuição se restringe a estas comunidades (Pruno-Lauretalia). Existem géneros endémicos destas comunidades, como é o caso da Picconia sp., enquanto outros encontram aqui a sua maior expressão. Em cada arquipélago, a constituição das Laurissilvas difere, sobretudo no que respeita às espécies endémicas que nelas ocorrem.

Charnecas Macaronésicas Endémicas
São constituídas por vários tipos de formações vegetais, de estatura baixa a média, estrutural e ecologicamente diversas. Estas Charnecas densas, são dominadas por Urze (Erica azorica). Apresentam extensa amplitude ecológica, sendo dotadas de elevada ubiquidade, povoando desde as costas marítimas às lavas de montanha. Nalgumas situações, ocorrem formações secundárias de montanha, formadas por matos húmidos de elevada densidade florística.
No elenco florístico destas charnecas endémicas destacam-se a Carrasca Calluna vulgaris, o Cedro-do-mato Juniperus brevifolia, o Loureiro Laurus azorica, Lysimachia azorica, o Sargasso Luzula purpureo-splendens, a Faia-da-terra Morella faya, o Feto-real Osmunda regalis, a Erva-úrsula Thymus caespititius, a Uva-da-serra Vaccinium cylindraceum e o Folhado Viburnum tinus ssp. e Viburnum subcordatum

Turfeiras  de altitude
Habitats predominantemente ombrotróficos, pobres em elementos minerais nutritivos. O fornecimento de nutrientes é principalmente garantido pelas águas da chuva e precipitação oculta, sendo o nível das águas superior à toalha freática ambiental. A vegetação é dominada por comunidades de Musgões (Sphagnum sp.), que garantem a estrutura e crescimento da turfeira.
As turfeiras dos Açores são dominadas por briófitos de Sphagnum sp. Para as turfeiras dos Açores estão identificadas as espécies de Sphagnum palustre, S. auriculatum, S. subnitens, S. papillosum, S. squarrosum, S. cuspidatum, S. lescurii, S. centrale, S. capillifolium e S. compactum.
Para que uma turfeira seja considerada ativa, terá de comportar uma área significativa de vegetação produtora de turfa (ainda que temporariamente interrompida por constrangimentos naturais, como épocas de seca).
As turfeiras ativas representam o estado evolutivo mais maduro das turfeiras ácidas, para o qual as restantes formações tenderão a evoluir, se as características ambientais assim o permitirem, estando normalmente associadas a um complexo de zonas húmidas, onde ocorrem outros tipos de turfeiras, mais jovens e incipientes. A diversidade florística deste tipo de turfeira, é baixa. Para além das espécies de Sphagnum sp. (destacando-se S. palustre e S. aroculatum), outros grupos importantes neste tipo de habitat são o briófito Polytrichum sp., e plantas vasculares como Eleocharis multicaulis (mais comum nas depressões), Erica azorica e Juniperus brevifolia.


BIBLIOGRAFIA RELEVANTE:

Artigos científicos:
  • Gil, A., Yu, Q., Abadi, M., & Calado, H. 2014. Using aster multispectral imagery for mapping woody invasive species in pico da vara natural reserve (Azores Islands, Portugal). Revista Árvore, 38(3), 391-401.
  • Cruz, A., Benedicto, J., & Gil, A. 2011. Socio-economic Benefits of Natura 2000 in Azores Islands-a Case Study approach on ecosystem services provided by a Special Protected Area. Journal of Coastal Research, (64), 1955.
  • Gil, A., Calado, H., Costa, L. T., Bentz, J., Fonseca, C., Lobo, A.,… & Benedicto, J. 2011. A methodological proposal for the development of Natura 2000 sites management plans. Journal of Coastal Research, (64), 1326.
  • Gil, A., Lobo, A., Abadi, M., Silva, L., & Calado, H. (2013). Mapping invasive woody plants in Azores Protected Areas by using very high-resolution multispectral imagery. European Journal of Remote Sensing, 46(1), 289-304.
  • Gaspar, C., Gaston, K. J., Borges, P. A., & Cardoso, P. (2011). Selection of priority areas for arthropod conservation in the Azores archipelago. Journal of Insect Conservation, 15(5), 671-684.


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